O meu amor
O meu amor não é aquele que sempre sonhei,
É mais que um simples sonho construído
É um sonho de amor acordado
Que beija a minha pele ao amanhecer
E declama verdades ao anoitecer.
Verdades que formam a nossa poesia
Porque de verdade é feito o nosso sonho de amor acordado.
O meu amor é como um pássaro revestido de mel
Que pousa sobre meus lábios desnudos,
Os encoberta com o seu sabor
E volta a voar sem pudor.
O meu amor não é aquele que sempre pedi,
É mais que uma complacência falácia ou uma fé piegas.
Ele me concede mais do que clamei,
Surpreende-me mais do que pensei,
Ama-me mais que o necessário ao meu ser.
O meu amor entende o meu silêncio ausente
E como uma amante quente
Excita-me calada para que eu volte
Da dor da viagem da mente
O meu amor não é aquele cordial
É um tanto laico, por sinal,
Pois é mais que belas maneiras e boas palavras,
É o amor na sua pureza e no seu primitivismo.
Ama com a dor de não entender o que ama
E com a beleza de se entregar ao desconhecido.
O meu amor não é aquele que imaginei,
É mais do que indaguei,
É mais que do que supliquei,
É mais do que esperei,
É bem mais do que sei.
Sendo assim, nada do que eu disser,
É o bastante para o meu amor que é sem fim.
Posto que tudo que há em mim,
É pouco para esse Ser,
Que me invadiu, inundou-me e pronto e fim
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